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quarta-feira, 2 de março de 2011

Presbítero da Igreja Renascer comandará a bateria da escola de samba Mangueira durante Carnaval 2011

Presbítero da Igreja Renascer em Cristo, Ailton Nunes quer buscar a nota dez para a bateria da Mangueira. Cria da comunidade, ele vê a mão de Deus em seu dom de tocar. Quis o Criador abençoar o talento de Ailton André Nunes e ele acabou traçando seus passos no compasso do surdo de primeira. Ou melhor, da ‘Bateria Surdo Um’. Foi a paixão pelo ritmo, surgida quando ainda era moleque e rolava pelo lixão do Chalé, no Morro da Mangueira, em busca de latas e papelão para fazer tambores afinados com o calor de fogueiras, que fez o hoje presbítero, (uma espécie de líder) da Igreja ‘Renascer em Cristo’, aceitar o convite do presidente Ivo Meirelles e se tornar, há pouco mais de um mês, o novo mestre de bateria da Verde e Rosa.

Contradição com a fé? Não para Ailton, percussionista profissional, 39 anos, casado, pai de duas filhas e avô de outra menina. “Sou um servo de Deus e acredito que as pessoas têm um dom. E acredito no plano de Deus para a minha vida. E faz parte passar por isso, estar à frente da bateria”, explica o maestro, que também é um dos autores do samba que homenageia Nelson Cavaquinho, enredo da escola.

Antes de aceitar conduzir a bateria que ele conhece desde menino e da qual já chegou a ser um dos diretores — na época do primo Alcir Explosão, a quem elogia o talento —, além de primeiro repique, Ailton conversou com a família e seus orientadores na igreja.

A volta à escola, entretanto, levou 8 anos para acontecer. Foi quando, diz, “tinha outro tipo de conduta e estava perdendo a família”, acabou encontrando a igreja em seu caminho. Na caminhada de lá para cá, trabalhou com música, rodou a Europa como percussionista e reencontrou amigos no Brasil. Agora, só quer saber de unir a “Família Surdo Um” em torno de um objetivo: ganhar a nota dez para a Mangueira.

“Mas e as tentações do Carnaval?”, provoco eu ao entrevistado. “Todos nós somos pecadores. Só que tem um porém: eu tenho consciência que sou pecador, mas hoje não vivo pelo pecado”, responde, sem atravessar o discurso.

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FONTE: Extraído de Presbiterianos Calvinistas - http://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com/

A Fidelidade de Deus

Por
Arthur W. Pink

A infidelidade é um dos pecados mais proeminente nestes maus dias. Com raríssimas exceções, a palavra de um homem não é mais a sua fiança, nos negócios deste mundo. No mundo social, a infidelidade conjugal ocorre por todo lado, sendo que os laços matrimoniais são desfeitos com a mesma facilidade com que uma roupa velha é rejeitada. Na esfera eclesiástica, milhares que se comprometeram solenemente a pregar a verdade, sem nenhum es­crúpulo a negam e a atacam. Nem o autor, como tampouco o leitor, pode arrogar-se completa imunidade deste pecado terrível: de quantas maneiras temos sido infiéis a Cristo, e à luz e aos privilégios que Deus nos confiou. Como é animador então, que indizível benção é erguer os olhos acima desta ruinosa cena e contemplar Aquele que, só Ele, é fiel, fiel em tudo, fiel o tempo todo.

"Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel..." (Deuteronômio 7:9). Esta qualidade é essencial ao Seu ser; sem ela Ele não seria Deus. Pois, ser Deus infiel seria agir contrariamente à Sua natureza, o que é impossível. "Se formos infiéis, ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:15). A fidelidade ê uma das gloriosas perfeições do Seu ser, É como se Ele estivesse vestido com esta perfeição; "O Se­nhor, Deus dos Exércitos, quem é forte como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?!" (Salmo 89;8). Assim também, quando Deus Se encarnou, foi dito: "E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade o cinto dos seus rins" (Isaías 11:5).

Que palavra, a do Salmo 36:5 — "A tua misericórdia, Se­nhor, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens". Muito acima de toda compreensão finita está a imutável fidelidade de Deus. Tudo que há acerca de Deus é grande, vasto, incomparável. Ele nunca esquece, nunca falha, nunca vacila, nun­ca deixa de cumprir a Sua palavra, O Senhor Se mantém estrita­mente apegado a cada declaração de promessa ou profecia, faz valer cada compromisso de aliança ou de ameaça, pois "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se ar­rependa: porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? (Números 23:19). Daí o crente exclama; "...as suas misericórdias não têm fim, Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade" (Lamentações 3:22-23).

Há nas Escrituras numerosas ilustrações da fidelidade de Deus. Há mais de quatro mil anos Ele disse: "Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão" (Gênesis 8;22). Cada novo ano dá-nos um novo testemunho de que Deus cumpre esta promessa. Em Gênesis 15 vemos que Jeová declarou a Abraão; "...peregrina será a tua semente em terra que não será tua, e servi-los-ão... E a quarta geração tornara para cá" (versículos 13-16). Os séculos percorreram o seu curso fatigante. Os descendentes de Abraão gemiam entre os fornos de tijolos do Egito. Deus esquecera a Sua promessa? Certamente que não. Leia Êxodo 12:41: "E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito". Por meio de Isaías o Senhor declarou: “...eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel" (7:14). De novo séculos se passaram, mas, "vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gaiatas 4:4).

Deus é verdadeiro. Sua Palavra de promessa ê certa. Em todas as Suas relações com o Seu povo, Deus é fiel Pode-se con­fiar nEle, com segurança, Nunca houve alguém que tivesse con­fiado nEle em vão. Vemos esta preciosa verdade expressa em quase toda parte nas Escrituras, pois o Seu povo precisa saber que a fidelidade é uma parte essencial do caráter divino. Esta é a base da nossa confiança nEle, Mas, uma coisa é aceitar a fide­lidade de Deus como uma verdade divina, e outra coisa, muito diferente, é agir com base nisso. Deus "nos tem dado grandíssi­mas e preciosas promessas", mas nós contamos realmente com o seu cumprimento por Deus? Esperamos de fato que Ele vai fazer por nós tudo que disse que fará? Descansamos com implícita se­gurança nestas palavras: “... fiel é o que prometeu" (Hebreus 10:23)?

Há ocasiões na vida de todos em que não é fácil, nem mes­mo para os cristãos, crer que Deus é fiel. Nossa fé é provada dolorosamente, nossos olhos ficam toldados pelas lágrimas, e não conseguimos mais encontrar o rumo dos baluartes do Seu amor. Os nossos ouvidos se distraem com os ruídos do mundo, arruina­dos pelos sussurros ateísticos de Satanás e não conseguimos mais ouvir a doce entonação da voz mansa e delicada do Senhor. So­nhos alimentados foram frustrados, amigos em quem confiávamos falharam conosco, um falso irmão ou irmã em Cristo nos traiu. Vacilamos. Procuramos ser fiéis a Deus, e agora uma trevosa nu­vem O esconde de nós. Achamos difícil, impossível mesmo, à razão carnal harmonizar a Sua sombria providência com as pro­messas da Sua graça, Ah, alma titubeante, companheiro de pere­grinação provado com tanto rigor, procure graça para ouvir Isaías 50:10; "Quem há entre vós que tema a,Jeová, e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus".

Quando você for tentado a duvidar da fidelidade de Deus, brade: "Para trás de mim, Satanás". Ainda que você não possa harmonizar os misteriosos procedimentos de Deus com as Suas declarações de amor, confie nEIe e aguarde mais luz, Na hora dEIe, certa e boa, Ele fará com que você o veja com clareza, “...o que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás de­pois" (João 13:7). A seqüência dos fatos demonstrará que Deus não abandonou nem enganou Seu filho. "Por isso o Senhor espe­rará, para ter misericórdia de vós; e por isso será exalçado, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de eqüidade: bem-aventurados todos os que nele esperam (Isaías 30:18).

"Não julgues o Senhor por tua mente, porém, confia nEIe por Sua graça. Por trás de uma severa providência Ele oculta um semblante sorridente. Animai-vos, ó santos temerosos! As nuvens que temíveis vos parecem, ricas são de mercês, e irromperão em bênçãos derramadas sobre vós."

"Os teus testemunhos que ordenaste são retos e muito fiéis" (Salmo 119:138). Deus não nos falou apenas o melhor, mas tam­bém não retirou o pior. Ele descreveu fielmente a ruína efetuada pela Queda. Ele diagnosticou fielmente o terrível estado produ­zido pelo pecado. Fielmente fez conhecido o Seu inveterado ódio ao mal, e que ê preciso que Ele o puna. Advertiu-nos fielmente de que Ele é "fogo consumidor" (Hebreus 12:29). Sua Palavra não contém somente numerosas ilustrações de Sua fidelidade no cumprimento de Suas promessas, mas também registra numerosos exemplos de Sua fidelidade em fazer valer as Suas ameaças. Cada estágio da história de Israel exemplifica esse fato solene. Foi as­sim com indivíduos: Faraó, Core, Acã e uma multidão de outros mais, são outras tantas provas. E será assim com você, meu lei­tor, a menos que você tenha buscado ou busque refúgio em Cristo, as chamas eternas do Lago de Fogo serão a tua porção certa e segura. Deus é fiel.

Deus é fiel na preservação do Seu povo. "Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor'" (l Coríntios 1:9). No versículo anterior foi feita a promessa de que Deus confirmará o Seu povo até o fim. A con­fiança do apóstolo na absoluta segurança dos crentes estava ba­seada não na força das resoluções deles ou em sua capacidade para perseverar, mas sim na veracidade dAquele que não pode mentir. Visto que Deus prometeu ao Seu Filho um certo povo como Sua herança, livrá-lo do pecado e da condenação e fazê-lo participante da vida eterna na glória, é certo que Ele não permi­tira que nenhum dos pertencentes a esse povo pereça.

Deus é fiel na disciplina ministrada ao Seu povo. Ele não é menos fiel naquilo que retira, do que naquilo que dá. É fiel quando envia tristeza como quando outorga alegria. A fidelidade de Deus é uma verdade que devemos confessar não somente quan­do a tranqüilidade nos bafeja, mas também quando nos afligirmos sob o castigo mais áspero. Tampouco esta confissão deve ser ape­nas de boca, mas também de coração. Quando Deus nos fere com a vara da punição, é a fidelidade que a maneja. Reconhecer isso significa que nos humilhamos diante dEle, confessamos que merecemos totalmente a Sua correção e, em vez de murmurar, damos-Lhe graças por isso. Deus nunca nos aflige sem algum mo­tivo: "Por causa disto, há entre vós muitos fracos e doentes..." (1 Coríntios 11:30), ilustra este princípio. Quando a Sua vara cair sobre nós, digamos com Daniel; "A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto..." (9:7).

"Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que em tua fidelidade me afligiste" (Salmo 119:75). Problemas e afli­ções não são apenas coerentes com o amor de Deus empenhado na aliança eterna, mas são partes da sua administração. Deus é fiel não só quando afasta as aflições, mas também é fiel quando no-las envia. “Então visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniqüidade com açoites, Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade" (Salmo 89:32-33). O castigo não é apenas conciliável com a benignidade amorosa de Deus, mas também é seu efeito e expressão. A mente dos servos de Deus se tranqüilizaria muito se eles se lembrassem de que a aliança de Deus O obriga a aplicar-lhes correção oportuna. As aflições são-nos necessárias: "...estando eles angustiados, de madrugada me buscarão" (Oséias 5:15).

Deus é fiel na glorificação do Seu povo, "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Tessalonicenses 5:24). A refe­rência imediata aqui é aos santos serem "preservados inculpáveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". Deus nos trata, não com base em nossos méritos (pois não temos nenhum), mas por amor do Seu grande nome. Deus é constante para consigo mesmo e segundo o propósito da Sua graça, "... aos que chamou... a estes também glorificou" (Romanos 8:30). Deus dá plena demons­tração da constância de Sua bondade eterna para com os Seus eleitos, chamando-os eficazmente das trevas para a Sua maravilho­sa luz, e isto deveria torná-los seguros da certeza da sua conti­nuidade. "... o fundamento de Deus fica firme..." (2 Timóteo 2; 19). Paulo estava firmado na fidelidade de Deus quando disse: “... eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é pode­roso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2 Timóteo 1:12).

A percepção desta bendita verdade nos protegera da preo­cupação. Estar cheio de preocupações, ver a nossa situação com prenúncios sombrios, antecipar o amanhã com ansiedade, é ofen­der a fidelidade de Deus. Aquele que vem cuidando do Seu filho através dos anos, não o abandonará quando o filho envelhecer. Aquele que ouviu as orações que você fez no passado, não se negará a suprir suas necessidades na presente emergência. Descanse em Jó 5:19: “Em seis angústias te livrará; e na sétima o mal te não tocará".

A percepção desta bendita verdade calará as nossas murmurações. O Senhor sabe o que é melhor para cada um de nós, e um efeito da confiança nesta verdade será o silenciar das nossas petulantes reclamações. Deus é grandemente honrado quando, sob provação e castigo, temos bons pensamentos sobre Ele, vindicamos a Sua sabedoria e justiça, e reconhecemos o Seu amor mes­mo em Suas repreensões.

A percepção desta bendita verdade gera crescente confiança em Deus. "Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas como ao fiel Criador, fazendo o bem” (1 Pedro 4:19). Quando confiantemente nos re­signarmos e deixarmos todos os nossos interesses nas mãos de Deus, plenamente persuadidos do Seu amor e fidelidade, tanto mais depressa ficaremos satisfeitos com as Suas providências e compreenderemos que "ele tudo faz bem”.

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Fonte: Os Atributos de Deus, Arthur W. Pink, Ed. PES.
Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/atributos-de-deus/fidelidade-de-deus-arthur-w-pink.html#ixzz1FV8pBjez

A Doutrina do Pecado e Culpa Original

Por
Rev. Herman Hoeksema
Essa doutrina da universalidade do pecado por meio de Adão levanta outras questões muito sérias. Pode parecer como se os descendentes do homem Adão fossem as vítimas inocentes de sua transgressão. Ele pecou, e todos eles sofrem e vêm ao mundo com uma natureza corrompida e sem os preciosos dons de conhecimento, justiça e santidade com os quais a natureza humana foi originalmente dotada. Não é isso uma injustiça? Devem os filhos sofrer pelos pecados de seus pais? Não se deve ter piedade dos homens por seu estado deplorável, ao invés de serem condenados por causa de sua impiedade?

Ainda mais, como pode o homem ser considerado responsável por seus pecados e transgressões atuais, se ele nasce com uma natureza que é incapaz de guardar a lei de Deus e que é inclinada a toda impiedade? Eu nasço com uma natureza corrompida, morto em delitos e pecados, e isso certamente não posso reverter. Eu nunca tive uma oportunidade de fazer o bem. Por conseguinte, concluo que não sou responsável pelos meus crimes; não posso ser considerado responsável pela forma como nasci. Eu sou uma vítima de circunstâncias pelas quais mereço receber piedade, ao invés de ser um objeto de ira e condenação. Deus não pode demandar de mim o que não posso e nunca serei capaz de realizar.

Em resposta, devemos lembrar que Deus criou a raça humana não somente como um organismo, com Adão como a raiz e o primeiro pai, mas também como uma corporação legal com Adão como o cabeça representativo. Mesmo de um ponto de vista legal, a raça humana não é um mero agregado de indivíduos no qual cada um permanece de pé e cai como seu próprio mestre, sem ser de forma alguma responsável pelo todo. Pelo contrário, existe responsabilidade comunal, e existe culpa e sofrimento comunal na vida humana. Isso é evidente na vida toda: o individualismo é condenado em todo lugar.

Isso é claramente ilustrado na vida de uma nação em relação ao seu governo. No instante concreto em que os Estados Unidos vai à guerra contra uma nação estrangeira, certamente não é todo cidadão americano que declara guerra contra essa nação. Sem dúvida, por esse ato de declaração oficial de guerra, o governo é responsável diante de Deus. Ao governo é confiada a espada. Ele é o único poder ordenado por Deus que tem a autoridade de manusear a espada, bem como de declarar e travar uma guerra. O soldado que é chamado pelo governo e vai para a batalha não comete assassinato e não é culpado do sangue derramado se mata o inimigo no campo de batalha. Ele meramente manuseia a espada do governo e faz assim em nome do governo. Contudo, isso significa que não existe responsabilidade e sofrimento comunal? Que cidadão em são juízo diria que quando o governo declara guerra, o próprio governo teria lutado melhor suas próprias batalhas? Quando o governo declara guerra, todos os seus cidadãos estão num estado de guerra, e terão que sofrer todas as conseqüências implicadas. Mesmo diante de Deus, uma nação não é um agregado de indivíduos, mas um corpo legal; o governo representa todos os seus cidadãos. Se o governo, para suprir as despesas de uma guerra, acumula um débito de muitos bilhões de dólares, todos os seus cidadãos são responsáveis pelo pagamento do débito; mesmo seus filhos e os filhos dos seus filhos terão que suportar o peso dessa responsabilidade.

Assim acontece em todo departamento da vida. É verdade que existe responsabilidade individual e pecado e culpa individual. É também verdade que nesse sentido os filhos não podem ser considerados responsáveis pelos pecados dos pais. É também verdade, contudo, que existe uma responsabilidade e culpa comunal que percorre as gerações. Deus visita "a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que [o] aborrecem" (Ex. 20:5). Deus criou toda a raça humana em Adão como uma corporação legal representada por nosso primeiro pai. Portanto, ninguém pode dizer que não é responsável pela transgressão de Adão, pois todos pecaram nele e seu pecado é imputado a todos eles.

Essa é a solução apresentada pela Escritura aos problemas do pecado e da morte e de sua universalidade e relações entre si. Todos os homens nascem no pecado porque toda a natureza humana foi corrompida pelo pecado do homem Adão. Através de um homem o pecado entrou no mundo e a morte pelo pecado (Rm. 5:12); assim, todos os homens nascem mortos no sentido pleno. Eles nascem com o poder da morte física tragando-os para a sepultura e com a corrupção da morte espiritual em seus corações, de forma que estão mortos em delitos e pecados quando entram no mundo (Ef. 2:1). A morte é punição: é a execução da sentença justa do juiz supremo do céu e da terra sobre todos.

Se a morte é punição, e se essa punição é infligida sobre toda a raça humana, sobre cada indivíduo antes dele ser capaz de cometer qualquer pecado real, então a razão deve ser que aos olhos de Deus toda a raça humana é culpada com uma culpa comunal, no homem Adão. É assim que as Escrituras nos instruí em Romanos 5:12-14, onde o texto está tratando com o problema da morte universal:

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.

É verdade que o texto também fala da universalidade do pecado por meio do pecado de um homem. Mas isso é assim somente em conexão com o problema sério da universalidade da morte: a morte passou a todos.

A morte reina suprema. Ela reinava antes que houvesse qualquer lei. Ela reinou de Adão a Moisés, e reinou mesmo sobre aqueles que "não pecaram à semelhança da transgressão de Adão" (v. 14). Eles nunca tiveram um mandamento especial para guardar ou violar. Nunca tiveram o poder, como Adão, de determinar se guardariam ou não a lei de Deus. Todavia, a morte reinou sobre eles. Reinou mesmo sobre os pequeninos no berço que não podiam discernir entre a sua mão direita e esquerda.

Como esse reinado universal da morte é explicado? É explicado nas palavras "porque todos pecaram" (v. 12). Quando, onde e como todos pecaram: Todos os homens pecaram no princípio, no primeiro paraíso, e por meio do primeiro Adão, que era o representante da raça diante de Deus: "por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação" (v. 18).

É claro a partir da Escritura que a universalidade do pecado e morte na raça humana deve ser explicada, primeiro, a partir do fato que a raça foi criada no homem Adão como um organismo. Ele carregava nossa natureza, e essa natureza foi corrompida; de uma semente corrompida brota uma descendência corrompida. Segundo, a Escritura ensina que até onde diz respeito a culpa do pecado, sua universalidade é devido ao fato que toda a raça foi criada em Adão como seu cabeça e, portanto, que toda a raça humana é responsável pelo pecado que Adão cometeu no primeiro paraíso.

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Fonte: Reformed Dogmatics, Herman Hoeksema, Reformed Free Publishing Association, vol. 1, pp. 392-395.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Extraído do Site: http://www.eleitosdedeus.org/pecado-original/doutrina-do-pecado-e-culpa-original-rev-herman-hoeksema.html#ixzz1FV7uegLl

Deus Ama Todo o Mundo?

Deus Ama Todo o Mundo?
Martyn McGeownRev.
Derek Dunn, no Ballymena Times (15 February, 2006), repetiu o mito que Deus ama todo o mundo. Deus ama o mundo, mas na Escritura isso raramente significa toda a raça humana (João 7:4; 12:19; Atos 17:6; 1Co. 11:32). No Antigo Testamento, Deus amava somente a nação de Israel (Dt. 7:7), mas mesmo então nem todo israelita, pois "nem todos os que são de Israel são israelitas" (Rm. 9:6). No Novo Testamento Deus ama pecadores de todas as nações, por conseguinte o termo "mundo." O que é geralmente negado é que Deus odeia alguns pecadores, tanto eles como os seus pecados. Por exemplo, Deus odiou Esaú (Rm. 9:13) e ele "odeia a todos os que praticam a maldade" (Sl. 5:5).

Cristo veio para salvar somente aqueles a quem Deus ama, não Judas, Herodes, Pilatos ou outros "cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo" (Ap. 17:8). Antes, Cristo veio para salvar aqueles que o Pai tinha lhe dado (João 6:37-39; 17:2). Cristo, "como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim" (João 13:1), não a todos no mundo. Em Cristo, pecadores eleitos são amados (Ef. 1:4-6), mas fora de Cristo, pecadores são odiados por Deus, pois Deus "não tem prazer na iniqüidade" (Sl. 5:4), mas "ama a justiça" (Sl. 11:7). Cristo em amor morreu por suas amadas ovelhas, mas não morreu nem orou pelos bodes (João 10:26-27; 17:9).

O amor de Deus é eficaz. Ele salva de fato os objetos de seu amor. Deus busca aqueles a quem ama, e faz com que os recipientes desse amor O amem (1 João 4:19). Visto que Deus não é obrigado a amar ninguém, mas escolhe livremente a quem amará, o homem não pode se queixar (Rm. 9:13-20). Ensinar que Deus ama todo o mundo (mesmo aqueles que terminam no inferno) é roubar o filho de Deus do conforto e é "encorajar os ímpios a não se desviarem dos seus maus caminhos para salvarem a sua vida" (Ez. 13:22, NVI).

Alguns podem perguntar: se Deus não ama todo o mundo, por que a Bíblia usa linguagem universal, tais como o Senhor não "quer que nenhum pereça" (2 Pedro 3:9, RA) ou "todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo" (Rm. 10:13). Tais objeções desconsideram o contexto e mostram ignorância da linguagem. Freqüentemente usamos linguagem universal. Quando o professor pergunta, "Todo o mundo tem uma caneta?", ele quer dizer apenas a sua classe. Quando um pai diz, "Todo o mundo entre no carro!", ele refere-se somente à sua família.

Considere Mateus 10:22 ("odiados de todos sereis"), João 3:26 ("e todos vão ter com ele"), Atos 19:19 ("trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos") e Romanos 16:19 ("quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos"). Nessas passagens, "todos" não pode ser tomado como significando a raça humana inteira. Similarmente, "todo o que" significa "todos aqueles que …" Não significa todo o mundo. "Todo o que nele crê" (João 3:16, RA) significa todos aqueles que crêem, ou "todos os crentes."

2 Pedro 3:9 foi escrito como uma resposta a escarnecedores e para dar conforto com respeito à demora percebida do retorno de Cristo. O Senhor não tinha retornado, pois Deus é longânimo para "conosco". Deus não é longânimo para com todo o mundo. Deus não quer que seu povo ("nós," no "conosco") pereça, e visto que a "longanimidade de Deus é salvação" (2 Pedro 3:15, KJV),[1] todos aqueles a quem Deus é longânimo serão salvos.

Similarmente, "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm. 10:13) não significa que todo o mundo pode ou invocará o nome do Senhor. A Palavra de Deus ensina que os pecadores odeiam a Deus (Rm. 8:7) e não invocarão o seu nome. Isaías lamenta que "ninguém há que invoque o teu [i.e., de Deus] nome" (Is. 64:7) e Paulo escreve: "não há ninguém que busque a Deus" (Rm. 3:11). O fato de alguns invocarem a Deus é obra do Espírito de Deus, que graciosamente dá fé e arrependimento a alguns (Atos 11:18; Ef. 2:8; Fp. 1:29), mas cega e endurece a outros (Js. 11:20; Mt. 11:25; João 12:40; Rm. 9:18).
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Notas:
[1] ACF: "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor." NVI: "Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação."
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/eleicao/deus-ama-todo-o-mundo-martyn-mcgeown.html#ixzz1FV76PV8V

O que a justificação tem a ver com o Evangelho?

por
Sinclair Ferguson

“Devo enfatizar novamente que a doutrina da justificação pela fé não é o que Paulo quer dizer com ‘o evangelho’. Ela está implícita no evangelho; quando o evangelho é proclamado, as pessoas chegam à fé e são consideradas por Deus como membros do seu povo. Mas ‘o evangelho’ não é um relato de como as pessoas são salvas.”

—N.T. Wright, What Saint Paul Really Said, pp. 132–33

Há uma plausibilidade marcante em dizer que a “justificação pela fé não é o que Paulo quer dizer com ‘o evangelho’”. Afinal, como N. T. Wright observa em outro lugar, não somos justificados crendo na justificação pela fé, mas crendo em Jesus Cristo.

Tudo isso soa como Lutero. Ele não afirmou que o evangelho está “inteiramente fora de nós”?

Talvez seja esse o antídoto há muito esperado para o individualismo evangélico e uma cura para o subjetivismo? Claramente o Bispo Wright e outros creem que sim. Em outra parte, o Dr. Wright confessa o grande alívio que sentiu ao descobrir que não somos justificados por crer na justificação pela fé.

Mas isso já sugere que a plausibilidade dessa perspectiva dificilmente condiz com a realidade. Essas palavras parecem descrever uma fuga da imaturidade teológica de um evangelicalismo primitivo. Mas tendo sido educado no mesmo tempo desse tal evangelicalismo, eu questiono seriamente se tal ensino já existiu em alguma forma séria. Isso deveria fazer que reconsiderássemos a aparente plausibilidade do que está sendo dito aqui. No final do dia, isso pode se revelar um truque de magia – por várias razões. O que segue abaixo são três dessas razões.

Primeiro, há uma falsa dicotomia sugerida na noção que o evangelho não é a justificação pela fé, porém a última está “implícita” no evangelho. Mas essa forma de pensamento “isso ou aquilo” expressa a falácia lógica tertium non datur (se não A, então necessariamente B). Dessa forma, o evangelho é Cristo OU é a justificação pela fé.

Isso é abstrair falsamente a justificação de Cristo, o benefício (a implicação do que Jesus fez) do Benfeitor (a pessoa de Jesus, que realizou a sua obra). Mas como observa Paulo, Cristo mesmo foi feito justiça por nós (1Co 1.30). A justificação não pode ser separada de Cristo como se fosse uma “coisa” à parte ou adicionada a ele. Cristo mesmo é a nossa justificação. Não temos justificação sem Cristo! Nem podemos ter Cristo sem a justificação! Diante dessa verdade, não podemos dizer que Cristo, e não a justificação pela fé, é o evangelho.

Segundo e talvez mais surpreendente, dado o comentário extenso de N. T. Wright sobre Romanos, o próprio Paulo nos fornece o que ele chama “meu evangelho” (Rm 2.16). Mas esse evangelho é poder salvador (1.16-17) – dessa forma, “ser salvo” é parte do evangelho. Além disso, não somente Romanos 1 a 3 está incluso, mas também Romanos capítulos 4 a 16. Mais incisivamente, Romanos 12 a 16 está incluído. Em linguagem técnica, não apenas o kerygma (a proclamação de Cristo e da sua obra) está inclusa, mas também o didache (a aplicação dessa obra em e à vida do crente e da comunidade).

Logo cedo Paulo acreditava que a distorção e falsificação do evangelho que estava acontecendo na igreja gálata envolvia a aplicação da redenção. A justificação pela graça somente, em Cristo somente, por meio da fé somente, é parte do Evangelho assim como Cristo tornando-se maldição por nós na cruz (Gl 3.13).

Finalmente, a menos que estejamos familiarizados com o contexto das palavras de Wright citadas acima, podemos não notar mais um truque de magia ocorrendo.

Na declaração “quando o evangelho é proclamado, as pessoas chegam à fé e são consideradas por Deus como membros do seu povo”, a própria “justificação” está sendo radicalmente redefinida. Aqui ela não mais significa “ser considerado justo aos olhos de Deus, embora um pecador culpado em si mesmo”. Ela significa “ser considerado como membro do seu povo”. A justificação não pertence mais à definição do evangelho como tal, a perdão e aceitação, mas refere-se à membresia na comunidade do pacto.

Mas isso enfrenta problemas insuperáveis. Trata-se de um entendimento excêntrico dos termos gregos utilizados por Paulo. Fosse “justificação” a antítese de “alienação”, o argumento poderia ser mais plausível. Mas “justificação” é a antítese de “condenação”. Sua ênfase primária tem a ver com transgressão, culpa e castigo – está ligada à santidade de Deus expressa em normas legais, não primariamente a um relacionamento com a comunidade.

A membresia, portanto, é uma implicação da justificação; ela não é o que significa justificação. Esse é o porquê a confissão do evangelho que “Jesus é Senhor” (1Co 12.3) nunca deve ser entendida à parte da interpretação dela fornecida em 1 Coríntios 15.1-3 – que “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”. Isso Paulo chama especificamente de o evangelho. Ele trata em primeiro lugar com o nosso pecado, poluição e culpa como as razões para exclusão da presença de Deus. Sim, justificação é uma linguagem relacional. Mas não é uma linguagem menos forense por essa razão – visto que ela lida com nosso relacionamento com o santo Senhor e Legislador!

É correto preocupar-se que a objetividade do evangelho jamais deveria ser engolida pela subjetividade, ou a comunidade da igreja destruída pela individualidade. Mas o entendimento do evangelho e da justificação em Lutero e Calvino, em Heidelberg e Westminster, fornece todas as salvaguardas necessárias. O vinho velho é melhor. Ele satisfaz tanto os requerimentos do ensino bíblico como a fome mais profunda do coração humano despertado.


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Fonte: http://www.ligonier.org/
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (5 de fevereiro de 2011).

Pós-Milenismo

por
Mike Warren
Muitos cristãos verdadeiros sustentaram e sustentam as outras três visões (amilenismo, pré-milenismo e dispensacionalismo); contudo, irei defender a posição pós-milenista primariamente por causa de duas coisas sobre as quais penso a Bíblia ser muito clara:

a) A vitória da Igreja. (e.g. Mt 16.18; 28.18-20; Ef 1.20-21; Ef 2.6; Lucas 10.17-18; 1 João 3.8; 4.4; 5.4-5; Fp 4.13; 2Co 2.14; Ef 3.20; Rm 5.17,20; 8.31-32,37).

b) A interpretação preterista da Grande Tribulação. Jesus disse que a Tribulação ocorreria por volta de 70 d.C. (Mt 24.34).


A visão preterista não é essencial à defesa do pós-milenismo. Alguns pós-milenistas têm ensinado a visão historicista da Igreja. [21] Mas colocar no passado a maioria das passagens pessimistas, que falam de uma rebelião generalizada contra Deus, certamente ajuda o pós-milenista a estabelecer que o evangelho terá sucesso mundial.

O que distingue o pós-milenismo de todas as outras visões é o seu otimismo com respeito ao sucesso do evangelho na Era da Igreja. [22] Haverá paz, prosperidade e reavivamento espiritual numa escala universal? A Igreja cumprirá a Grande Comissão? As nações servirão ao Senhor Jesus? (Não todo indivíduo, mas cada nação como um todo). O evangelho prevalecerá? Sim!, diz o pós-milenista. O Espírito Santo tem esse poder. O evangelho tem esse poder. Deus está disposto. Ele prometeu, e as suas promessas não podem falhar.

A visão pós-milenista das últimas coisas começa com Gênesis. Ao primeiro Adão ordenou-se que ele governasse sobre a Terra sob Deus, mas ele perdeu esse domínio por causa do seu pecado. O Último Adão, Jesus, veio para restaurar o domínio àqueles que se submetem a Deus. Dessa forma, de acordo com o pós-milenismo, Cristo estabeleceu o seu reino em sua primeira vinda. Ele triunfou sobre Satanás, subiu ao céu à destra de Poder, acima de todo governo e autoridade nos céus e na terra, e enviou o seu Espírito a fim de equipar a sua Igreja para discipular as nações. Os incrédulos entre os judeus e o governo de Roma foram grandes empecilhos à igreja primitiva, mas Jesus destruiu Jerusalém e o Templo em 70 d.C., terminando para sempre o sistema cerimonial do Antigo Testamento. O Império Romano foi eventualmente derrotado também. Cristo continua a governar sobre as nações, avançando gradualmente o seu reino até os fins da terra. Seus inimigos são destruídos ou convertidos pelo evangelho.

O objetivo não é meramente testemunhar ou pregar a todas as nações, mas discipular todas as nações. Nem é o objetivo meramente discipular indivíduos dentro das nações. As “nações” (grego: ethnos - Mt 28.19) refere-se à cultura inteira. Ela começa com o coração dos indivíduos, mas abrange tudo da vida: sistemas econômicos, estruturas familiares e estruturas políticas. Cultura é religião externalizada. Deus governa sobre tudo da vida. O reino de Deus não diz respeito apenas ao espiritual ou material; é um reino do espiritual sobre o material. A ressurreição e ascensão física de Cristo ao reino celestial foi os primeiros frutos da restauração de toda a criação (Rm 8.19-22). O jardim cultivado no começo da história (Gn 2.15) torna-se uma cidade deslumbrante no final (Ap 21). O evangelho traz progresso histórico na cultura. Os servos de Deus devem construir uma civilização cristã em conjunção com a preparação de suas almas para o céu.

Quando a vasta maioria das nações tiver sido convertida a Cristo, haverá um grande reavivamento entre os judeus, que trará bênçãos como o mundo jamais viu (Rm 11.12,15). Após um longo e imprevisto período de tempo de obediência a Cristo e de bênçãos, Satanás terá a permissão de enganar as nações uma última vez, por um breve período de tempo (Ap 20.3, 7-10). O povo de Satanás lançará um ataque suicida contra o povo de Deus. Mas antes de poderem fazer qualquer dano, eles serão destruídos por Cristo. Cristo então retorna corporalmente. Os injustos são ressuscitados e enviados para o lago de fogo e enxofre, por toda a eternidade. Os justos são ressuscitados e recebidos nos novos céus e nova terra consumados.


NOTAS:

[21] – R.J. Rushdoony, Thy Kingdom Come: Studies in Daniel and Revelation (Tyler, TX: Thoburn Press, [1970] 1978).

[22] – Greg Bahnsen, “The Prima Facie Acceptability of Postmillennialism”, Journal of Christian Reconstruction, Vol. III, No. 2, (Winter, 1976-77) 68.

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Fonte: http://www.christianciv.com/eschatology_bs_TOC.htm
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (10/02/2011).
http://monergismo.com/?p=2802

A História da Salvação no Antigo Testamento

por
Vern Sheridan Poythress


Como se une a Bíblia como um todo? Os eventos bíblicos ocorreram num espaço de milhares de anos e em diferentes culturas. Como unificaríamos isso tudo em um só tema?

Um dos temas unificadores da Bíblia é a autoridade divina. Todos os livros da Bíblia são palavra de Deus. Os eventos bíblicos estão lá por causa da vontade de Deus e ele os tem colocado para instrução do seu povo: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” (Rom. 15:4).

O Plano de Deus para a História


A Bíblia também deixa claro que Deus tem um plano unificado para a história. O Seu propósito final, um plano para a “plenitude dos tempos”, é ”reunir todas as coisas em Cristo, no céu e na terra” (Ef. 1:10), “para louvor da sua glória” (Ef. 1:12). Deus tem seu plano desde o começo: “Lembrai-vos das coisas antigas; Eu Sou Deus e não há outro, que declaro o fim desde o começo, desde os tempos antigos”. “Meu conselho subsistirá” (Isaías 46:9–10). “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gal. 4:4–5).

A obra de Cristo na terra, e especialmente sua crucificação e ressurreição, é o clímax da história; é o grande centro no qual Deus consuma a salvação para a qual toda a história do AT se direciona, cumprindo as promessas feitas através do Antigo Testamento. A era presente olha para a obra completada de Cristo, mas também para a consumação de sua obra quando vier o tempo dos “novos céus e nova terra em que habita a justiça” (2 Pe. 3:13; Ap. 21:1–22:5).

O plano unificado de Deus o levou a incluir promessas e predições ao longo dos tempos passados, e cumpri-las mais tarde. Às vezes as promessas são explícitas, como quando promete a vinda do Messias (Isaías 9:6–7). Às vezes elas são simbólicas, como quando ele determina que animais sejam sacrificados como símbolo do perdão dos pecados (Lev 4). Em si mesmo, o sacrifício não perdoava pecados (Heb. 10:1–18). Eles apontavam para Cristo.

Cristo no Antigo Testamento


Como o plano de Deus é para Sua glória, focalizando-se em Cristo (Ef. 1:10), é natural que as promessas do Antigo Testamento apontassem para Cristo, “Pois todas as promessas de Deus têm nele o sim” (2 Cor. 1:20). Quando Cristo apareceu aos discípulos depois de sua ressurreição, ele os fez perceber que ele mesmo (Cristo) estava nas Escrituras: E ele lhes disse:
Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. (Lc 24:25–27, 44-47)
Quando a Bíblia diz que “abriu seus olhos para entender as Escrituras” (Lc 24:45), não quer dizer simplesmente que Cristo mostrou a eles umas poucas predições acerca de si mesmo como Messias. Significa que Cristo é o centro do AT inteiro, abrangendo todas as três partes do AT como os judeus o conheciam: A Lei de Moisés, incluindo Gênesis a Deuteronômio; Os Profetas, incluindo profetas anteriores (como os seutóricos Josué, Juízes, Samuel, Reis) e os posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os Doze). Os Salmos representavam para os judeus a terceira porção de livros chamada de Escritos. O coração de todos esses escritos é que eles apontavam para o sofrimento de Jesus, sua ressurreição e a conseqüente pregação do evangelho a todas as nações (Lc 24:47). O AT como um todo, através de suas promessas, símbolos de salvação, aponta para o cumprimento da Redenção que teve lugar uma vez por todas em Cristo.

As Promessas de Deus

Por que modos o AT aponta para Cristo? Primeiro, por meio de promessas de salvação e promessas concernentes ao compromisso de Deus com seu povo. Deus nos promessas específicas sobre o Messias como o Salvador na linhagem de Davi. Através do profeta Miquéias, Deus prometeu que o Messias nasceria em Belém, cidade de Davi (Mq. 5:2), profecia que se cumpriu perfeitamente (Mat. 2:1–12). Mas Deus freqüentemente dava promessas gerais a respeito dos dias futuros de salvação, detalhando o seu cumprimento (e.g., Isaías 25:6–9; 60:1–7).

Um frequente refrão era “Eu serei seu Deus, e eles serão meu povo” (cf. Jer. 31:33; Os. 2:23; Zc. 8:8; 13:9; Heb. 8:10). Às vezes algumas variações dessa promessa focalizavam o povo e o que ele devia ser, e em outros casos se relacionava com Deus e o que Deus haveria de fazer. A promessa “Serei o seu Deus” é realmente um compromisso de estar com o seu povo, cuidar dele, discipliná-lo, protegê-lo, suprir suas necessidades e ter um relacionamento pessoal com ele. De modo contínuo, essa promessa finalmente é consumada na salvação em que Deus traria em Cristo.

Esse princípio se estende a todas as promessas do AT: “Todas as promessas de Deus têm nele (Cristo) o sim” (2 Cor. 1:20). Algumas vezes Deus dava imediatamente bênçãos temporais. Essas bênçãos eram apenas antecipação das ricas bênçãos que viriam por meio de Cristo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais” (Ef. 1:3).

Advertências e Maldições

Mas a relação de Deus com seu povo não era apenas de bênçãos, é claro, mas também de advertências, e promessas de maldição. Era necessário que fosse assim por conta da reação justa de Deus contra o pecado. Essas advertências antecipavam e apontavam para Cristo de duas maneiras diferentes. Primeiro, Cristo é o Cordeiro de Deus, que carrega a maldição (Jo 1:29; 1 Pe. 2:24). Ele era inocente quanto ao pecado, mas levou por nós a maldição (2 Cor. 5:21; Gal. 3:13). Toda ocasião no AT que retrata a ira de Deus contra o pecado e sua punição, aponta para a ira que caiu sobre Cristo, na cruz.

Em segundo lugar, Cristo lutará contra o pecado e o exterminará na segunda vinda. Sua segunda vinda e a consumação será o tempo em que o julgamento final contra o pecado será executado. Todo castigo pelo pecado nos tempos passados aponta para o julgamento final. Cristo antecipava seu julgamento final quando em vida expulsava demônios e denunciava os pecados dos líderes religiosos.

Os Pactos



As promessas de Deus no AT estão não apenas no contexto dos compromissos de Deus para com seu povo, mas também nas obrigações que o povo tem para com Deus. Noé, Abraão e outros a quem Deus encontra e se dirige são chamados não somente a crer em Deus, mas a responder com suas vidas ao chamado de Deus. A relação de Deus com seu povo é consumada por meio de pactos. Quando Deus faz um pacto com o homem, ele é apresentado como o Soberano que especifica as obrigações do pacto para ambas as partes. ―Eu serei seu Deus‖ é a obrigação fundamental do lado de Deus, enquanto que “eles serão meu povo” é a obrigação fundamental para o lado humano.

Por exemplo, quando Deus chama Abrão, ele diz, “Sai a tua terra e da tua parentela para a terra que te mostrarei” (Gen. 12:1). Esse mandamento especifica uma obrigação da parte de Abrão. Mas Deus diz o que fará de sua parte: “E eu farei de ti uma grande nação, e te abençoarei” (Gen. 12:2). As declarações de Deus tomam a forma de promessas, de bênçãos e advertências. As promessas e bênçãos apontam para Cristo, que é o cumprimento das promessas e fonte última das bênçãos de Deus. As advertências (maldições) apontam para Cristo no seu papel de nosso substituto e executor de julgamento contra o pecado, especialmente em sua segunda vinda.

Cristo também tem as obrigações do lado humano dos pactos. Cristo é plenamente homem e plenamente Deus. Como homem, ele está com seu povo do lado humano. Ele cumpre as obrigações dos pactos por sua perfeita obediência (Heb. 5:8). Ele recebeu a recompensa da sua obediência em sua ressurreição e ascensão (Fp. 2:9–10). Os pactos do AT no lado humano apontam para sua consumação em Cristo.

Ao tratar com a ira de Deus contra o pecado, Cristo mudou a situação do homem de alienação para paz. Ele nos reconciliou com Deus (2 Cor. 5:18–21; Rom. 5:6–11). Ele nos trouxe o privilégio do relacionamento pessoal com Deus, o fato de sermos chamados filhos de Deus (Rom. 8:14–17). A intimidade com Deus é o que todo o AT antecipa. Em Isaías, Deus declara que seu Servo, o Messias, será o pacto para o seu povo (Isaías 42:6; 49:8).

A Descendência



Junto aos pactos, a Bíblia focaliza num elemento especial, a saber, a promessa acerca da descendência de Jesus. No pacto com Abrão, Deus o chama para “andar em sua presença e ser perfeito” (Gen. 17:1). Esse é o lado “humano” da obrigação do pacto. No outro lado, Deus promete fazer dele “pai de multidão” (Gen. 17:4), e muda seu nome para Abraão (Gen. 17:5). E esse pacto se estende às gerações posteriores de Abraão: “Estabelecerei meu pacto entre ti e tua descendência depois de ti por meio de um pacto eterno. E darei a terra da possessão a ti e teus descendentes” (Gen. 17:7–8).

As promessas a Abraão são importantíssimas porque são a base da nação de Israel. A história de Abraão mostra que ele teve um filho, Isaque, que era o resultado da promessa de Deus, e deu origem às doze tribos.

Mas como isso tudo se relaciona com Cristo? Cristo é o descendente de Davi e Abraão (Mat. 1:1). Ele é a semente de Abraão: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.” (Gal. 3:16; Gen. 22:15–18).

Abraão ouviu o chamado “ande após mim e seja perfeito” (Gen. 17:1). Ele confiou em Deus (Gal. 3:9; Heb. 11:8–12, 17–19). Mas tinha suas falhas e pecados. Em último caso, quem anda na presença de Deus e é perfeito? Não Abraão! Ninguém nesse mundo, mas Cristo (Heb. 4:15). Todos os outros que sucederam Abraão na “descendência” foram pecadores. Por isso o pacto com Abraão tem um apontamento certo para Cristo. Cristo é o Descendente Final para quem todos os anteriores apontam: Isaque, Jacó, e os filhos de Jacó. Entres eles, é Judá que terá um reinado (Gen. 49:10). Davi é o descendente de Abraão e Judá; Salomão é o descendente de Davi; seguindo com Jeroboão e os outros descendentes de Davi e Salomão (Mateus. 1:1–16).

Cristo não é meramente o herdeiro por direito legal, mas o único perfeito. Através dele somos unidos e nos tornamos nós mesmos “descendência” de Abraão (Gal. 3:29). Cristãos, judeus e gentios tornam-se participantes da promessa (Gal. 3:28–29).

Cristo como o Último Adão

Cristo não é somente o descendente perfeito de Abraão, mas, antes disso, o descendente da mulher (Gen. 3:15). A vitória sobre a serpente e sobre o mal e a reversão dos seus efeitos tem sua raiz na descendência da mulher. A sua semente é traçada, passando por Eva, Sete, Noé, etc. (Lc 3:23–38). Assim Cristo é também o último Adão (1 Cor. 15:45–49) e, como era Adão, Cristo representa todos os que descendem dele, pela fé.

Sombras, Figuras e “Tipos”

Constantemente o NT fala de Cristo e da salvação. O que não é tão óbvio para as pessoas é que o mesmo é verdade no que diz respeito ao AT. Mas lá isso acontece como antecipação, com “sombras” e “tipos” das coisas que virão (1 Cor. 10:6, 11; Heb. 8:5).

Por exemplo, 1 Coríntios 10:6 fala que os eventos que aconteceram com os israelitas no deserto eram “exemplos para nós”. E 1 Coríntios 10:11 diz, “Estas coisas aconteceram como exemplo pra nós, para nossa instrução.” Em 1 Coríntios 10:6 e 11, a palavra grega para “exemplo” é typos, da qual deriva “tipo” (cf. Rom. 5:14).

Um “tipo”, na linguagem teológica, é um exemplo especial, símbolo, ou figura que Deus providenciou em direção ao futuro. Sacrifício de animais eram “tipos”, de Cristo. O templo era a presença de Deus. E Cristo é o cumprimento total desse “tipo” (Mat. 1:23; Jo 2:21). Os sacerdotes do AT eram tipos de Cristo, o grande sacerdote (Heb. 7:11–8:7).

A consumação tem o seu lugar em Cristo (Ef. 1:10; 2 Cor. 1:20). Mas o NT também fala que aqueles que estão “em Cristo”, que depositam sua fé nele, recebem os benefícios daquilo que ele consumou. Portanto, podemos achar no AT “tipos” que se referem à igreja. Por exemplo, o templo prefigura Cristo, cujo corpo é o templo (Jo 2:21), mas prefigura também a igreja, que é chamada de templo (1 Cor. 3:16–17). Alguns símbolos do AT falam da consumação final que terá lugar nos “novos céus e nova terra” (2 Pe. 3:13; Ap21:1–22:5). A Jerusalém do AT prefigura a nova Jerusalém “que vem da parte de Deus” (Ap. 21:2).

Cristo o Mediador

A Bíblia deixa claro que, desde que Adão caiu em pecado, o pecado e suas conseqüências têm sido o maior problema da raça humana. Pecado é rebelião contra Deus e seu salário é a morte (Rom. 6:23). Deus é santo e ninguém pode estar em sua presença sem morrer (Ex. 33:20). Logo, o homem necessita de Cristo como o mediador que responde por ele diante de Deus (1 Tim. 2:5–6). Cristo é tanto Deus quanto homem, mas sem pecado, e é o único suficiente para realizar essa mediação.

Embora haja apenas um mediador em último caso, há vários mediadores representativos no AT: Moisés, por exemplo. (Ex 19). Quando o povo se apavorou da presença de Deus, Moisés intercedeu por ele (Ex. 20:18–21, Deut. 5:28–33).

Mas se o mediador é um só, como Moisés podia ser um? Moisés prefigurava a mediação de Cristo, que o é mediador verdadeiro. Como Moisés era pecador, não poderia estar na presença de Deus sem perdão, isto é, sem ter um mediador ao seu lado. Logo, Moisés pôde estar ali na presença de Deus somente porque, de acordo com o plano de Deus, a obra de Cristo faria expiação pelos pecados de Moisés. Os benefícios da redenção de Cristo foram antecipados a Moisés e assim tem sido com todos os santos do AT. Como eles poderiam ser salvos se Deus exigia perfeição? Deus é perfeitamente santo. A perfeição era graciosamente aplicada a eles por meio de Cristo, que haveria de vir.

Isso significa que existe um só meio de salvação no Antigo e Novo Testamentos. Somente Cristo pode nos salvar (At 4:12) e no AT, salvação vem freqüentemente representada por um mediador, que pode ser uma pessoa ou instituição que fique entre Deus e o homem.

Então, a unidade da Bíblia aumenta quando vemos os casos em que Deus salva seu povo e os casos em que um mediador, no AT fica entre Deus e o homem. Deus traz salvação espiritual na forma de comunhão pessoal, intimidade espiritual, e a promessa da vida eterna com Deus. Não somente casos de salvação espiritual, mas de salvação temporal, num sentido “físico”, que prefigura a salvação num sentido espiritual. Aliás, salvação não é meramente espiritual. Nós olhamos para a ressurreição do corpo e para os “novos céus e nova terra em que habita justiça” (2 Pe. 3:13). A salvação pessoal começa com a renovação do coração, mas na sua consumação atingirá dimensões cósmicas. O AT, quanto fala da terra física, prosperidade material e da saúde física, antecipa a prosperidade dos crentes nos novos céus e na nova terra de um ponto de vista físico.

Os casos de mediadores no AT incluem os profetas, reis e sacerdotes. Profetas trazem a palavra de Deus para o povo. Reis, quando se submetem a Deus, trazem o reinado de Deus para o povo. Sacerdotes representam o povo na presença de Deus. Cristo é o Profeta, Rei e Sacerdote que consuma todas estas três funções em um sentido último (Heb. 1:1–3). Podemos observar também os homens sábios, que trazem a sabedoria de Deus para o povo; e os guerreiros, que trazem a libertação dos inimigos; e músicos, que trazem o louvor a Deus no meio do povo, mostrando com música o caráter de Deus.

Mediação ocorre não apenas através de figuras humanas, mas também por meio de instituições. Os pactos dão início a um papel de mediação ao trazer a palavra de Deus ao povo; o templo traz a presença de Deus. O sacrifício de animais traz o perdão de Deus. Ao lermos a Bíblia, vemos todos esses meios de mediação estabelecidos por Deus. E porque há um só mediador, isso significa que todos eles apontam para Cristo.
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