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quarta-feira, 29 de julho de 2009

PRECISAMOS IR OU ENVIAR MISSIONÁRIOS
Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com suas etnias e idiomas tenha sido confrontada com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40°, O termo “Janela 10/40” originou-se com Luis Bush diretor International AD2000 & Beyond Movement durante a 2ª Conferência de Lausanne, em Manila, em Julho de 1989. Desde então, tem sido usado por Missiólogos e autoridades eclesiásticas no mundo. Representa uma grande multidão de cerca de 2,7 bilhões de pessoas que ainda são objeto dos empreendimento missionários do povo de Deus. A área de maior perseguição atualmente fica na Janela 10/40, a faixa compreendida entre os paralelos 10" e 40", onde vivem 97% das pessoas menos evangelizadas do mundo. Essa área retangular se estende do oeste da África até a Ásia, entre os paralelos 10 e 40 ao norte do Equador. Há 1,6 bilhões de muçulmanos, hindus e budistas vivendo nessa "janela" e em alguns países a Igreja foi quase que eliminada como resultado da opressão islâmica. A população cristã lá é menor que 2%, uma pequena, porém, preciosa minoria. Outra área crítica na Janela 10/40 é a China. Pastores e evangelistas são detidos todos os dias. Igrejas nos lares são fechadas e seus líderes ameaçados. Muitos são presos por portarem simpleamente a Bíblia. E, apesar do declínio do comunismo na Europa, a China ainda mantém uma posição ateísta inflexível, piorando a situação da Igreja lá. Os países com as maiores populações não-cristãs são: China , Índia , Indonésia , Japão , Bangladesh , Paquistão ,Turquia e Irã, todos na Janela 10/40°.

Países da Janela:

01 - KUWAIT
Localização: Golfo Pérsico 5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas
Evangelismo Restrito

02 - IRÃ
Localização: Golfo Pérsico 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Xiitas e alguns Sunitas
Evangelismo Proibido

03 - EGITO
Localização: Oriente Médio 0,8% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Restrito

04 - ISRAEL
Localização: Oriente Médio0,35% de Cristãos evangélicos Predominante: Judeus e alguns Muçulmanos
Evangelismo Restrito

05 - BRUNEI
Localização: Sudoeste da Ásia 0,6% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Budistas
Evangelismo Restrito

06 - LÍBIA

Localização: Norte da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

07 - SOMÁLIA

Localização: Leste da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

08 - BANGLADESH

Localização: Ásia Central 2% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Hindus
Evangelismo Restrito

09 - BURKINA-FASO

Localização: Oeste da África 3% de Cristãos evangélicos Predominante: Animistas e alguns Muçulmanos
Evangelismo Restrito

10 - UZBEQUISTÃO

Localização: Leste da Ásia 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito

11 - TADJIQUISTÃO

Localização: Leste Asiático 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito

12 - LÍBANO

Localização: Oriente Médio 4,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Xiitas e alguns Sunitas
Evangelismo Permitido

13 - MALÁSIA

Localização: Sul da Ásia 2% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos, alguns Budistas e Hindus
Evangelismo Restrito

14 - PAQUISTÃO

Localização: Oeste da Ásia 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas
Evangelismo Restrito

15 - ÍNDIA

Localização: Ásia Central 1% de Cristãos evangélicos Predominante: Hindus e alguns Muçulmanos
Evangelismo Restrito

16 - BUTÃO

Localização: Ásia Central 0,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas e alguns Muçulmanos
Evangelismo Restrito

17 - MALI

Localização: Oeste da África 0,9% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e algumas Crenças Tradicionais Evangelismo Permitido

18 - NEPAL

Localização: Ásia Central 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Hindus e alguns Budistas
Evangelismo Restrito

19 - CHINA

Localização: Leste da Ásia 4% de Cristãos evangélicos Predominante: Não religiosos(Ateus) e Folclóricos Chineses Evangelismo Restrito

20 - QATAR

Localização: Golfo Pérsico 0,007% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

21 - OMÃ

Localização: Golfo Pérsico 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos
Evangelismo Proibido

22 - NIGÉRIA

Localização: Oeste da África 17% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Animistas
Evangelismo Restrito

23 - MAURITÂNIA

Localização: África do Norte 0,0% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

24 - ARÁBIA SAUDITA

Localização: Golfo Pérsico 0,007% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

25 - AZERBAIJÃO

Localização: Leste da Ásia 0,003% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Restrito

26 - EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

Localização: Golfo Pérsico 0,7% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas
Evangelismo Proibido

27 - DJIBUTI

Localização: Leste da África 0,03% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

28 - TURQUEMENISTÃO

Localização: Leste da Ásia 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito

29 - KAZAQUISTÃO

Localização: Leste da Ásia 0,004% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito

30 - MALDIVAS

Localização: Centro Sul Asiático 0,0% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

31 - SUDÃO

Localização: Leste da Ásia 3% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Animistas
Evangelismo Restrito

32 - GUINÉ

Localização: Oeste da África 0,75% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Animistas
Evangelismo Restrito

33 - BENIN

Localização: Oeste da África 2% de Cristãos evangélicos Predominante: Crenças Tradicionais e alguns Muçulmanos Evangelismo Permitido

34 - ALBÂNIA

Localização: Sul da Europa 5% de Cristãos evangélicos Predominante: Ortodoxos e alguns Muçulmanos
Evangelismo Restrito

35 - IEMEM

Localização: Oriente Médio 0,01% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

36 - ETIÓPIA

Localização: Leste da África 10% de Cristãos evangélicos Predominante: Ortodoxos, Sunitas e Crenças Tradicionais Evangelismo Permitido

37 - TUNÍSIA

Localização: Norte da África 0,001% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

38 - JORDÂNIA

Localização: Oriente Médio 0,4% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Restrito

39 - AFEGANISTÃO

Localização: Leste da Ásia 0,2% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas
Evangelismo Restrito

40 - TAILÂNDIA
Localização: Sudoeste da Ásia 0,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas
Evangelismo Restrito

41 - INDONÉSIA

Localização: Norte da Ásia 0,01% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Hindus
Evangelismo Restrito

42 - MARROCOS

Localização: Norte da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

43 - VIETNÃ

Localização: Sudoeste da Ásia 0,6% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas e Crenças Tradicionais
Evangelismo Restrito

44 - MYANMAR

Localização: Sudoeste da Ásia 4% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas e alguns Muçulmanos
Evangelismo Permitido

45 - CAMBOJA

Localização: Sul da Ásia 0,05% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas
Evangelismo Restrito

46 - SENEGAL

Localização: Oeste da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Restrito

47 - JAPÃO

Localização: Leste da Ásia 0,3% de Cristãos evangélicos Predominante: Shinto / Budistas
Evangelismo Permitido

48 - NIGÉR

Localização: Oeste da África 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Animistas Evangelismo Restrito

49 - LAOS

Localização: Sudoeste da Ásia 1,9% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas
Evangelismo Restrito

50 - IRAQUE

Localização: Golfo Pérsico 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Xiitas e alguns Sunitas
Evangelismo Restrito

51 - TAIWAN

Localização: Leste da Ásia 3% de Cristãos evangélicos Predominante: Folclórica Chinesa e alguns Sunitas
Evangelismo Permitido

52 - TIBET

Localização: Oeste da China 0,02% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas
Evangelismo Restrito

53 - TURQUIA

Localização: Oeste da Ásia 0,03% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Restrito

54 - SÍRIA

Localização: Oriente Médio 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas e alguns Xiitas
Evangelismo Proibido

55 - GUINÉ-BISSAU

Localização: Oeste da África 1,2% de Cristãos evangélicos Predominante: Animistas e alguns Muçulmanos
Evangelismo Restrito

56 - QUIRQUISTÃO

Localização: Leste da Ásia 0,003% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Ortodoxos Russos Evangelismo Restrito

57 - SAARA OCIDENTAL
Localização: Norte da África 0,0% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos
Evangelismo Proibido

58 - SRI LANKA

Localização: Ásia Central 0,9% de Cristãos evangélicos Predominante: Budistas, alguns Hindus e Muçulmanos
Evangelismo Restrito

59 - BANRAI

Localização: Golfo Pérsico 1,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos e alguns Hindus
Evangelismo Proibido

60 - ARGÉLIA

Localização: Norte da África 0,01% de Cristãos evangélicos Predominante: Muçulmanos Sunitas
Evangelismo Proibido

61 - CORÉIA DO NORTE

Localização: Leste da Ásia 0,5% de Cristãos evangélicos Predominante: Não religiosos(Ateus) e Crenças Tradicionais Evangelismo Proibido

62 - MONGÓLIA

Localização: Centro-Norte da Ásia 0,1% de Cristãos evangélicos Predominante: Não religiosos(Ateus) e Crenças Tradicionais Evangelismo Restrito

(Extraído do Jornal Paixão pelas Almas - SEMIPA)


A Realidade Mundial:
Vivem no mundo hoje, mais de 2,5 bilhões de pessoas que nunca ouviram o Nome de Jesus nem sequer uma vez. Esta vasta multidão representa 15 vezes a população do Brasil, 1,7 bilhão são considerados cristãos. Destes quantos realmente são nascidos de novo? "Não há outro Nome pelo qual devamos ser salvos." "Todo aquele que não nascer de novo... não pode entrar no Reino de Deus." (At. 4:12, Jô. 3:3-5)Existem mais de 200 nações no mundo; 12.500 grupos étnicos; 10.000 povos ainda não alcançados pelo evangelho; 6.528 línguas. 1.1 bilhão de pessoas são analfabetas. 1.3 bilhão são miseravelmente pobres, ou seja, ganham menos que U$ 1.000,00 por ano e somente serão salvas se ouvirem e crerem no Evangelho de Jesus. Segundo estatísticas nascem 370 mil enquanto morrem 150 mil dia. Estima-se que mais de 85 mil morrem por dia sem nunca terem ouvido falar o Nome de Jesus nem sequer uma vez na vida. Ou seja, 2,5 milhões de pessoas morrem a cada mês e vão para a eternidade sem terem sido sequer evangelizadas. Até amanhã a esta hora, mais de 85 mil vidas terão ido para o inferno e se você crê mesmo na bíblia, saberá que isso não é sensacionalismo mas que é nossa mais pura realidade.





Ore pela evangelização destes Países



"Portanto, ide, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco, todos os dias, até à consumação dos séculos. Ámen!" Mt 28.19, 20.


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FONTE: http://www.missaoterra.com/

terça-feira, 28 de julho de 2009

John Harper – Um Grande Evangelista

John Harper – Evangelista
Por
Mark Dever

Deixe-me lhe contar uma história maravilhosa sobre uma pessoa com a qual você gostaria de parecer. E, por favor, seja paciente com alguns dos detalhes. Não consigo contar histórias de outra forma.
John Harper nasceu num lar cristão em Glasgow, Escócia, em 1872. Quando tinha aproximadamente quatorze anos, tornou-se ele mesmo um cristão, e dali em diante, começou a falar aos outros sobre Cristo. Aos dezessete anos, começou a pregar, ir às ruas do seu vilarejo e derramar sua alma enquanto suplicava com paixão que os homens se reconciliassem com Deus.
Após cinco ou seis anos de labor nas esquinas das ruas pregando o evangelho, e trabalho na usina durante o dia, Harper foi recebido pelo Reverendo E. A. Carter da Missão Batista Pioneira em Londres. Isso deixou Harper livre para devotar seu tempo e energia integral à obra que o seu coração amava tanto – o evangelismo. Um pouco depois, em setembro de 1896, Harper iniciou sua própria igreja. Essa igreja, que começou com apenas 25 membros, passou a mais de 500 membros quando ele saiu de lá, uns treze anos mais tarde. Durante esse tempo ele casou-se e ficou viúvo. Antes de perder sua esposa, Deus abençoou Harper com uma beleza menininha chamada Nana.
A vida de Harper foi agitada. Ele quase morreu afogado várias vezes. Quando tinha dois anos e meio de idade, caiu num povo, mas foi resgatado e reanimado por sua mãe. Aos vinte e seis, foi arrastado mar adentro por um vento reverso e quase não sobreviveu. E aos trinta e dois anos viu de frente a morte no Mar Mediterrâneo, quando estava num barco com o casco rachado.
Na verdade, esses “contatos” com a morte parecem ter apenas confirmado John Harper em seu zelo pelo evangelismo, algo que o marcou pelo resto dos dias de sua vida.
Enquanto pastoreando sua igreja em Londres, Harper continuou seu evangelismo fervoroso e fiel. De fato, ele era um evangelista tão zeloso que a Moody Church em Chicago pediu que ele viesse até a América para uma série de encontros. Ele o fez, e muito bem. Uns poucos anos depois, a Moody Church perguntou se ele não queria ir novamente. E foi assim que certo dia, Harper adentrou num navio com um ticket de segunda classe em Southampton, Inglaterra, para uma viagem até a América.
A esposa de Harper tinha morrido uns poucos anos antes, e Harper tinha com ele sua única filha, Nana, de seis anos. O que aconteceu após isso sabemos principalmente por duas fontes. Uma é Nana, que morreu em 1986 aos oitenta anos. Ela lembrava-se de ter sido acordada pelo pai umas poucas noites na jornada deles. Era por volta de meia-noite, e ele disse que o navio onde eles estavam tinha batido num iceberg. Harper disse a Nana que outro navio estava para chegar, a fim de resgatá-los, mas, como precaução, ele a colocaria num barco salva-vidas juntamente com uma prima mais velha, que os acompanhava. Quanto a Harper, ele aguardaria até o outro navio chegar.
O restante da história é uma tragédia bem conhecida. A pequena Nana e sua prima foram salvas. Mas o navio onde tinham estado era o Titanic. O único motivo de sabermos o que aconteceu com John Harper depois é que, numa reunião de oração em Hamilton, Ontário (Canadá), alguns meses depois, um jovem escocês caiu em lágrimas e contou a história extraordinária de como ele foi convertido. Ele explicou que estava no Titanic na noite em que o mesmo atingiu o iceberg. Ele tinha se apegado a um pedaço de mastro que estava flutuando nas águas congelantes. “Subitamente”, disse, “uma onda trouxe até mim um homem, John Harper. Ele também estava agarrado a um pedaço dos destroços. Ele bradou:
- Homem, você é salvo?
- Não, eu não sou”, respondi.
Ele gritou de volta:
- Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo.
As ondas afastaram Harper de mim, mas um pouco depois, ele foi trazido de volta
e ficou ao meu lado de novo.
- Você está salvo agora? Ele exclamou.
- Não. Respondi.
- Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.
Então, perdendo o seu destroço, Harper afundou. E ali, sozinho na escuridão da noite com 50 metros de água abaixo de mim, confiei em Cristo como meu Salvador. Eu sou o último convertido de John Harper.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
NOTA: Naquela noite de domingo, apenas uma hora ou duas antes do Titanic colidir com o iceberg, ele olhou para o céu e vendo um brilho vermelho no oeste, disse: "Vai fazer um belo dia amanhă". Sim, faria, mas a beleza que ele veria năo era aquela à qual se referia quando disse essas palavras. Ele veria a beleza do Salvador.
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UMA BIOGRAFIA RESUMIDA DA VIDA DE ARTHUR W. PINK

UM GIGANTE ESQUECIDO DA FÉ CRISTÃ
Por


Ronaldo Didini

Arthur W Pink, nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 1886. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão e duas irmãs. Pink foi um homem de Deus incompreendido em sua época. Sua história começa como muitos já começaram: uma sede pela descoberta da verdade, mas uma sede que, muitas vezes, é saciada de maneira errada e nos deixa mais sedentos do que anteriormente. Portanto, vamos conhecer um pouco desta sede e da vida deste gigante esquecido da fé cristã.
Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer mas, para a tristeza dos seus pais, ele abriu mão de Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista e um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar à casa após uma reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia: "HÁ CAMINHO QUE AO HOMEM PARECE DIREITO, MAS O FIM DELE SÃO OS CAMINHOS DA MORTE" Prov 14:12, Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu erro.Esta experiência foi tão marcante que A. W. Pink encontrou o que tanto desejava: Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como prometera à mulher samaritana (Jo 4:14). Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava!Assim, Arthur W Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja? Havia tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para Chicago estudar. Nos anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916, casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera.
Em 1917 pastoreou uma Igreja Batista na Carolina do Sul. Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Uma delas era sobre a perseverança final dos santos e isto significava o seguinte: uma vez que a pessoa havia tomado uma decisão por Cristo ela poderia estar certa da Glória. Contudo, ao ler os puritanos (John Owen, Jonathan Edwards, entre outros), ele começou a ver uma ênfase toda diferente. Descobriu que, sem santidade ninguém veria Deus (Hb 12:14). Devemos observar bem que aqui, neste ponto, ocorreu a revelação sobrenatural no ministério de AW Pink, algo que todos devemos glorificar a Deus por termos a Graça de saber! ALELUIA.
Esta era a ênfase do ensino puritano e esta visão mudou completamente o ministério de A. W. Pink. Não adianta dizer: "Há 10 anos aceitei Jesus". A pessoa deve perguntar-se: "Estarei(eu)crescendo na Graça?" Ora, isto quer dizer que aqueles que perseveram são os verdadeiros santos: Os que verão a Deus. Em outras palavras, A. W. Pink, pelo Espírito Santo, mostra-nos como os 10 (dez) mandamentos são importantíssimos, conforme a própria Palavra de Deus menciona no livro de Romanos (7:12). O apóstolo, cheio do Espírito Santo, queria dizer aos cristãos em Roma: "A lei existe, mas com ela tudo está feito; basta seguir o que está escrito: cumpriu, recebeu o que cumpriu; não cumpriu; deixa de receber o que queria. Na Graça, a Lei foi cumprida, em Cristo Jesus, não precisamos cumprir rituais de sacrifícios para agradar a DEUS. Já está feito. Está consumado!O que interessa é o que somos e nos tornamos em Cristo”.Este é um simples e objetivo resumo! A. W. Pink, traduziu tudo isto em um trecho de uma carta, na qual escreveu: “Prega-se o amor de Deus, mas esquece-se da santidade em relação a Deus. Exalta-se o Sangue de Cristo e Sua Obra no Calvário, mas esquecem-se de falar sobre a Cruz que ele mandou carregar para segui-lo, ou seja, fechar a porta ao pecado. Prega-se sobre a salvação do inferno, mas esquecem-se de pregar sobre a salvação da vontade própria e do agradar a si mesmo. Prega-se sobre os dons gratuitos de Deus, mas não sobre o andar obediente com Deus. Prega-se sobre segurança do crente (posição espiritual), mas esquecem-se de pregar que a salvação se desenvolve com temor e tremor”. À medida que ele começou a pregar isto, descobriu que não eram coisas populares. Então, Deus começou a trabalhar diretamente em A. W. Pink e mostrou-lhe como Ele, Deus, é Soberano em todas e sobre todas as coisas. Então, em 1920, ele saiu da Igreja Batista na Carolina do Sul e começou um ministério itinerante em todos os USA, para revelar à Igreja esta visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e abençoadas, mas, como dissemos, não eram populares. Então, ele começou a sentir que estava ficando só. As pessoas não gostavam do que ele pregava. Em 1922, começou um revista chamada "Estudo nas Escrituras" para alcançar os mais variados tipos de pessoas, dando-lhes uma compreensão mais clara da Palavra de Deus. Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou 1000 revistas e, muitas delas, não foram sequer vendidas. Em 1922, fizeram-lhe um convite para visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de pregar o Evangelho e terminou por estabeleceu-se na cidade de Sidney, à convite das Igrejas Batistas locais. Nesta ocasião, começou a pregar a Palavra para centenas de pessoas, que todas as noites viam ouvi-lo. Porém, quando ele começou a pregar sobre a Soberania de Deus, os pastores começaram a ficar preocupados. Eles diziam a Pink: “ se Deus é Soberano, então nós não podemos ser responsáveis”. Mas, nós sabemos que há responsabilidades. Por exemplo: As Escrituras dizem que Jesus é o Cordeiro morto antes da fundação do mundo (Ap 13:8), mas aqueles que participaram de Sua morte foram responsáveis. Aliás, Judas não se suicidou? Teria cometido suicídio se o labirinto do remorso não repousasse sobre a sua responsabilidade? Ora, a Soberania de Deus é algo sobrenatural e que está além de conjecturas, normas, doutrinas ou preceitos humanos. É isto que muitos, principalmente religiosos, não gostam de ouvir. Gostam de impor regras. Louvam a si próprios com seus ideais e conceitos. Um exemplo patético e, ao mesmo tempo, perigoso e traiçoeiro, é a doutrina do G-12. Querem colocar a Glória e a Soberania de Deus dentro de um Manual. Creio que dá para sentir um pouco, o que A. W. Pink sentiu com os “donos” daquelas Igrejas. Aliás, perguntar não ofende? Onde estão todos eles agora? Deus ser Soberano não exclui a responsabilidade de ninguém. Bem, continuemos…Depois disto, Pink foi convidado a não pregar mais naquelas Igrejas e outro grupo batista, mas com forte influência calvinista, convidou-o para ser o preletor em suas Igrejas. O Pr A. W. Pink foi, mas não sabia que aconteceria outro tipo de problema. Isto porque,à princípio, eles gostaram de sua pregação sobre a Soberania de Deus, mas quando ele começou a chamar as pessoas à frente para aceitarem Jesus como Senhor e Salvador, muitos passaram a criticá-lo. Ele pregou, nesta Igreja, que Cristo estava oferecendo perdão a toda criatura. Eles discordaram e disseram: "Não, isto não pode ser verdade, pois se você chama as pessoas a Cristo, você está negando o estado da depravação humana. Os homens já estão mortos em delitos e pecados. Os mortos não se arrependem e crêem. Por isto, há os eleitos de Deus. Eles já estão eleitos". Estas Igrejas eram hiper calvinistas (predestinação absoluta).Obviamente, A.W. Pink discordava. E discordava totalmente. Ele dizia: Como vou saber quem é eleito se não pregar a Verdade e não chamá-los a Cristo? Deus só está preocupado em salvar os seus eleitos? Não sabemos quem são os Seus eleitos? Se soubéssemos, iríamos pregar o Evangelho só para os eleitos… mas não sabemos! Estes hiper calvinistas estendiam a verdade a uma conclusão falsa (aliás, muitos fazem isto, principalmente hoje em dia). Por exemplo, a Bíblia diz que DEUS deseja que ninguém pereça e que Jesus chorou sobre Jerusalém. Deus tem o desejo que o Evangelho seja pregado a cada criatura (Mc 16:15). O verdadeiro calvinismo bíblico não nega este fato. Mas a conclusão de que não podemos convidar as pessoas a Cristo é falsa! Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, AW Pink retornou à Inglaterra. Aqui aconteceu algo que somente Deus pode explicar: durante 8(oito) anos ele procurou um lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas. Não conseguiu achar. Ninguém estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante este período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas Escrituras”, embora muitos poucos a liam. EM 1936, ELE ENTENDEU QUE DEUS, DE ALGUMA FORMA, HAVIA FECHADO AS PORTAS DA PREGAÇÃO PARA ELE. Então ele realmente o que Deus queria dele: entregar-se totalmente a escrever a Verdade à luz da Bíblia. Esta era a sua chamada. A herança na qual Cristo falaria com ele através de gerações e ensinaria Seu povo em tempos de apostasia. Ele creu que Deus faria estes estudos chegarem às mãos de pessoas e as abençoaria, anos depois de sua morte! Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa (Vera), mudaram-se para o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12(doze) anos depois, em 1952, A. W. Pink faleceu. SOMENTE 8 PESSOAS COMPARECERAM AO SEU ENTERROQUANDO ELE MORREU, JAMAIS PODERIA IMAGINAR O TAMANHO DA AMPLITUDE DE SUA OBRA QUE, INFELIZMENTE, SOMENTE AGORA COMEÇOU A SER TRADUZIDA PARA O PORTUGUÊS. UMA OBRA QUE PERCORRE O MUNDO INTEIRO NAS LIVRARIAS, INTERNET E DEMAIS LOCAIS….SEU LIVRO, SOBERANIA DE DEUS, NA VERSÃO INGLESA, JÁ VENDEU MAIS DE 250.000 EXEMPLARES.MAS ENQUANTO ELE ESTAVA VIVO NINGUÉM DEU ATENÇÃO A SEUS ENSINOS, À LUZ DA BÍBLIA.TODO ESTE TESTEMUNHO, NOS ENSINA O SEGUINTE: DEUS TEM O SEU TEMPO (A HORA QUE ELE FAZ AS COISAS ACONTECEREM)DESDE O APÓSTOLO JOÃO, PASSANDO POR TODOS OS APÓSTOLOS E HERÓIS DA FÉ ATUAIS COMO CHARLES SPURGEON, JOWN OWEN,AW PINK, TODOS… SEM EXCEÇÃO CRERAM, VIVERAM E PREGARAM QUE:DEUS É O DEUS DE AMANHÃ. Não há desespero: Deus sabe o que está fazendo! Todos criam na possibilidade do reavivamento! Reavivamento é: Recuperação repentina e forte do vigor da Igreja. Pela fé é e deve ser uma realidade já presente! O REAVIVAMENTO JÁ CHEGOU!
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Nota sobre o Autor deste Artigo: O Autor é pastor da Igreja Mundial do poder de Deus, é administrador do site: http://www.ministeriocaminhar.com.br/. O que é muito interessante é que neste artigo, é que ele aborda numa ótica reformada A vida de A. W. Pink. Como ele mesmo afirma no artigo: O REAVIVAMENTO JÁ CHEGOU!
Sobre a vida de A. W. Pink, o Presb. Felipe Sabino diz que: Pink é o que todo bom leitor de teologia procura: erudição misturada com piedade. Os seus comentários são inspiradores, não somente demonstrando a reverência do autor para com Deus e a Escritura, mas também incitando o leitor ao mesmo. A sua maneira cativante de descrever as verdades divinas, a sua capacidade extraordinária de expor as mais difíceis passagens, e o seu rico e belo linguajar dificilmente encontram paralelo em toda a história do Cristianismo.
Apesar de Charles H. Spurgeon ser muito mais conhecido e lido do que Pink — principalmente aqui no Brasil —, é impossível que um apreciador de Spurgeon não fique encantado com Pink: não somente a teologia deles é a mesma (batistas calvinitas!), mas o próprio estilo é muito parecido. Além do mais, os livros de Pink são recheados com diversas citações do grande Príncipe dos Pregadores.
Um outro fator impressionante em Pink é a sua humildade e o seu compromisso inegociável com a verdade. Assim como Agostinho, ele veio a rejeitar várias das suas doutrinas e crenças anteriores, após um estudo mais cuidadoso do tema à luz das Escrituras. Entre as crenças abandonadas por Pink podemos citar o pré-milenismo e o dispensacionalismo, para não citar a sua mudança de uma Igreja Congregacional para uma Batista. Numa carta ele chega a dizer que não recomendaria o seu livro “
The Antichrist” [O Anticristo] para ninguém; além disso, ele escreveu mais tarde um livro combatendo o dispensacionalismo (A Study of Dispensationalism), o qual, como já dito, foi anteriormente defendido por ele. [3] Com certeza não teríamos tantas heresias em nosso meio se os pastores, líderes e membros em geral das igrejas tivessem a humildade de Pink para reconhecerem os seus erros.
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Fontes:

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O PRIMEIRO MANDAMENTO

Texto: Êx 20.3– “Não terás outros deuses diante de mim.”

Introdução

Estamos vivendo dias em que a lei de Deus tem sido de fato rejeitada. As dez palavras do Sinai tem sido desprezadas pela Igreja da atualidade; a forte ênfase dispensacionalista. Se tem tornado um problema constante para aqueles que desejam de fato encarar a atualidade da lei de Deus. Vimos em nosso último encontro que o prefácio nos fala verdades negligenciadas na vida da Igreja da atualidade.
Vamos começar a trabalhar agora sobre o primeiro mandamento da Lei de Deus, que trata especificamente de quem é Deus. Aqui neste mandamento Deus deve ser visto como o centro de nossas vidas. Aqui nós sumarizaremos os nossos deveres diante deste mandamento e os pecados contra ele.


I – OS DEVERES NO 1º MANDAMENTO.

Os mandamentos começam com uma tônica negativa “não”, o uso deste advérbio de negação nos ensina que não trata-se de uma mera negação, mas é um negação enfática: Nunca! Esta é a força do hebraico; em outras palavras, não trata-se de algo opcional, mas reveste-se de capital importância para cada um de nós nestes dias.
O que é proibido aqui? Trazer cativo para nós outros deuses. Mas surge-nos uma pergunta: O substantivo não é usado para descrever o Deus criador, então, como aqui o mesmo substantivo é usado para descrever outros “deuses” que não o Criador? A resposta a esta questão está na gramática; pois, quando o termo é usado para “referir-se ao Deus de Israel, este termo usualmente concorda no singular...; quando usado para referir-se a vários deuses, ele concorda no plural”(WALTKE & O’CONNOR, 2006, p.122) como é o nosso caso aqui. Quais são os deveres que são exigidos de nós aqui neste mandamento.

1. Conhecer e Reconhecer a Deus – Quando lemos este mandamento nos cercamos da verdade de que Ele dever ser conhecido; ele se revela a nós pecadores, isto já percebemos no prefácio; quando ele diz que não dever ter outros deuses – no texto hebraico seria “não terás tu”, ele individualiza o povo da aliança; outras nações podem até possuir outros deuses, mas o povo redimido não.
A realidade ensinada aqui no mandamento é que apenas Deus deve ser conhecido como de fato Deus; mas não apenas isso, também se requer de cada um de nós é que ele seja reconhecido como nosso Deus. Como isso pode tornar-se uma realidade? Como Deus pode ser Conhecido e Reconhecido como tal. A Bíblia ensina de uma forma surpreendente “Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre.” (1 Crônicas 28.9)
1.1 Ele deve ser visto como Deus Único A súmula disso é que o monoteísmo deve ser afirmado neste mundo, o povo da aliança deve apenas crer na existência de um único Deus. Esta é a real concepção que este mandamento nos autoriza. Deus deve ser nosso Deus “Hoje declaraste ao SENHOR que ele te será por Deus, e que andarás nos seus caminhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvidos à sua voz.” (Dt. 26.17 – ACF).

1.2 Ele deve ser contemplado como Deus verdadeiroEle é o verdadeiro Deus, quando o mandamento diz que devemos não Ter outros deuses, isto implica dizer que todos são falsos, pois, existe apenas Um que é verdadeiramente Deus. A falsidade dar-se também no campo religioso, pois muitas vezes estamos servindo a um Deus que não é verdadeiro. Este é um aspecto que precisa ser levado em consideração.

2. O Mandamento nos exige o culto e Glorificação a Deus como tal.

O primeiro mandamento nos obriga ao culto a Deus “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz,” salmo 95:6-7. A centralidade de Deus é vista quando diz “não terás outros deuses “diante de minha face” . Algumas verdades se desprendem aqui:

2.1. Que estamos sempre diante da face de DeusNão importa se estamos em outro país, cidade ou mesmo região, estamos sempre diante da face de Deus. A nossa vida é para Deus. É para glorificá-lo, este mandamento nos leva a pensar nisso de forma profunda. Por mais que estejamos em outro lugar, estamos diante do soberano do universo.

2.2. Que Deus é onipresenteIsto significa que ele sempre está nos vendo em nossas transgressões no que respeita a este mandamento. Disto podemos concluir que este mandamento exige de nós:

a) O Pensar em Deus: Quando o mandamento nos diz que não devemos ter outras divindades diante da face de Deus, está nos obrigando a ocupar a nossa mente, nutrir a nossa mente somente com Deus; Deus deve ser o centro de nossos pensamentos, de nossas palavras e atitudes, Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do seu nome”, Malaquias 3:16.

b) Meditar em Deus: “Quando me lembrar de ti na minha cama, e meditar em ti nas vigílias da noite”, Salmo 63:6. A meditação em Deus é reconhecê-lo como o único centro de nossas vidas, o nosso Sumo Bem.


II – OS PECADOS QUE SÃO PROIBIDOS NESTE MANDAMENTO

Este mandamento não apenas nos ordena o que devemos fazer, mas também nos indica o que não devemos fazer. O mandamento condena determinadas atitudes que o homem tem tomado em relação a Deus e a sua revelação na Lei dos Dez Mandamentos. Que pecados são condenados no primeiro mandamento?

1. O Ateísmo: O que é o ateísmo? Não outra coisa senão a negação de Deus. O mandamento não só proíbe o Ter outros deuses, mas também proíbe-nos de negar o legítimo e verdadeiro Deus. Mas será que estamos isentos desta realidade? A resposta é não. Nós muitas vezes somos ateus; pois, queridos existe dois tipos de ateísmo: O prático e teórico. O ateísmo prático resume-se no fato de que nós tomamos muitas de nossas decisões sem pedir orientação a Deus; sua direção para os nossos empreendimentos é necessário. Mas não é somente isso, o ateísmo prático também torna-se evidente em nossas vidas quando não contamos com a sua providência, com o seu cuidado sobre cada um de nós; muitas vezes reclamamos da situação na qual estamos mergulhados, muitas vezes são situações que não nos agradam, mas que Deus planejou para cada um de nós. É pecado contra o mandamento quando ignoramos a oração; quando deixamos de buscar a face de Deus em oração é um sinal de que estamos de fato vivendo como ateus neste mundo. Um texto que nos fala sobre isso é Salmo 14.1 “DISSE o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem”.

2. A Idolatria: Outro pecado que é proibido aqui neste mandamento é a idolatria. Esta consiste na adoração de seres, objetos que não seja Deus; a Bíblia acentua isso de forma clara: "Que dizem ao pau: Tu és meu pai; e à pedra: Tu me geraste; porque me viraram as costas, e não o rosto; mas no tempo do seu aperto, dirão: Levanta-te, e livra-nos. Onde, pois, estão os teus deuses, que fizeste para ti? que se levantem, se te podem livrar no tempo da tua tribulação: porque os teus deuses, ó Judá, são tão numerosos como as tuas cidades. Onde, pois, estão os teus deuses, que fizeste para ti? que se levantem, se te podem livrar no tempo da tua tribulação: porque os teus deuses, ó Judá, são tão numerosos como as tuas cidades", Jeremias 2:27, 28. A idolatria é algo abominável aos olhos de Deus. A invocação de qualquer ser que não seja Deus é uma flagrante manifestação de rebeldia contra este mandamento.

3. A Ignorância: Quando o homem decide ignorar a Deus; não deseja conhecê-lo. E de que forma isso ocorre? Na rejeição de Sua palavra. Quando não lemos, não ouvimos a pregação, a exposição da Palavra de Deus “Deveras o meu povo está louco, já me não conhece; são filhos néscios, e não entendidos; são sábios para fazer mal, mas para fazer bem nada sabem”, Jeremias 4:22. A igreja hoje peca contra este mandamento porque não busca conhecer este nosso Deus. Nos tempos de Oséias isso era verdadeiro de uma forma acentuada: "OUVI a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra, porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios. Por isso, a terra se lamentará, e qualquer que morar nela desfalecerá, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar serão tirados. Todavia, ninguém contenda, nem qualquer repreenda; porque o teu povo é como os que contendem com o sacerdote. Por isso, cairás de dia, e o profeta contigo cairá de noite; e destruirá a tua mãe. O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos”, Oséias 4:1-6 :1. O povo é destruído por causa dos seus líderes que deveriam conhecer a Lei de Deus, mas a ignoram não querem conhecer a Lei de Deus para ensiná-la aos homens. Este é o ponto que percebemos neste texto de Oséias.

4. A Heresia: O primeiro mandamento condena toda e qualquer heresia a respeito de sua pessoa e revelação. Isso incluí todas as nossas falsas opiniões sobre Deus e a sua palavra. As falsas concepções estão de fato destruindo a unidade da Igreja de Cristo. No texto de Paulo em Gálatas 5.20 a palavra “facções” “dou seja, toda facção religiosa sustenta as mais gritantes heresias e concepções equivocadas a respeito de Deus e de sua palavra. É pecado contra o primeiro mandamento ter uma falsa doutrina sobre Deus. Qual é a nossa atitude para com aqueles que sustem heresias. Não pode ser outra senão a que nos ordena Paulo em Tito 3.10 "deixa-o”, pois, os hereges não tem comunhão com os santos, ou seja, com a Igreja que proclama fielmente a Lei de Deus. Pois, toda falsa doutrina vai gerar desconfiança no crente e cair em desespero e não confiar mais na providência de Deus.

III – O PRIMEIRO MANDAMENTO E A PROVIDÊNCIA DE DEUS

A grande verdade aprendida neste mandamento é a providência de Deus. Pois, somos ensinados por Deus aqui que apenas ele, e somente ele de fato cuida de nós. Isto significa que devemos elevar os nossos corações a ele, pois, somente nele encontramos repouso seguro. Não existe outro Deus em quem devemos depositar as nossas orações. Em sua providência devemos estar fincados, abalizados. É aqui que precisamos ser mais crentes. O mandamento diz que não devemos trazer diante da face de Deus outros deuses. Isto significa que a nossa boa posição não deve ser colocada diante de Deus como se não precisássemos de Deus nesta vida.
Quando se nos diz “diante de minha face” implica em não confiarmos em nossas próprias forças pelo que somos ou pelo que possuímos, e atribuirmos tudo o que temos e somos a nós somente; mas, se nos ensina aqui que apenas Deus e somente ele deve receber a glória em tudo o que temos e somos.
Isto nos impele para outra verdade, é que tudo o que fazemos na escola, no trabalho ou na faculdade ele está sendo glorificado. Ou seja, em tudo estamos servindo a Deus (1 Co.10.30). Deus está sempre diante de nós; e nós, estamos sempre diante dele, pois, tudo o que fazemos ou deixamos de fazer Ele está vendo (Hb. 4.13). Diante disso que aplicações podemos tirar deste mandamento?


1. Que Deus se revelou a nós para ser Conhecido e Reconhecido: não foi do seu agrado ficar escondido, mas quis revelar-se ao homem.

2. Que é nosso dever viver par tê-lo como nosso único e verdadeiro Deus: A revelação de Deus nos conduz para termos o autêntico conhecimento de Deus, então, é nosso dever tê-lo como o centro de nossa vida.

3. Devemos viver com a perspectiva de que sempre estamos diante de Deus: Não importa onde estejamos, pois, ele é o nosso Deus soberano; e a nossa vida deve ter como objetivo glorificá-lo. Vivamos uma vida que vise apenas a glória de Deus neste mundo.
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Autor: João Ricardo Ferreira de França.
Nota sobre o autor: O autor deste artigo é membro da Igreja Presbiteriana do Brasil. É estudante de teologia no Seminário Presbiteriano do Brasil (SPN) e aspirante ao Sagrado ministério pela IPB.
Contato com o autor: jrcalvino9@gmail.com / jrcalvino9@hotmail.com / jrcalvino9@yahoo.com.br

terça-feira, 21 de julho de 2009

O PREFÁCIO DOS DEZ MANDAMENTOS

Texto: “ Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”, Êx 20.1-2.

Texto na Tradução Literal: “E disse Deus todas as palavras (que) tinha para dizer: “Eu sou Yahweh , teu Deus o qual te fez sair da terra do Egito da casa (de) escravidão”.

Introdução
A Lei de Deus tem sido totalmente rejeitada em nossa sociedade atual, e o triste disso tudo é o fato de que tem sido rejeitada pela igreja atual também. A Influência dispensacionalista em nossos dias é muito grande. Muitos presbiterianos dizem que não são dispensacionalistas, mas todas as vezes que negligenciamos os mandamentos de Deus, por menor que nos pareça, ou mesmo, diminuímos o valor de qualquer destes mandamentos da Lei de Deus, já nos tornamos dispensacionalistas práticos. Uma forma notória de dispensacionalismo é contemplada quando lemos comentários bíblicos sobre os Dez Mandamentos e não encontramos uma abordagem detalhada do prefácio ao Decálogo.
É aqui no prefácio à Lei de Deus que temos uma profunda visão da divindade que servimos; é precisamente aqui onde aprendemos mais sobre Deus do que imaginamos, pois, neste texto as verdade a respeito de Deus são colocadas de forma singular diante de nossos olhos, e assim, somos tomados por um senso de grande gratidão para com o Deus que a Bíblia de fato revela. A gratidão exercida em nossos corações não é por aquilo que Deus nos pode dar, mas pelo quê Ele é. Algumas verdades podem ser extraídas deste texto exegeticamente, recebemos algumas informações fundamentais ao nosso cristianismo:

I – O TEXTO NOS INFORMA SOBRE A ORIGEM DA LEI
Alguns intérpretes da Bíblia possuem o entendimento que a Lei deve ser considerada como tendo a sua origem em Moisés. É verdade que a Lei pode ser considerada assim, mas não significa que é fruto dele, mas que ele registrou a vontade de Deus, e apenas neste sentido a lei pode ser atribuída a Moisés.
Por que falamos isso? É porque os que dizem ser a lei fruto de Moisés tendem a rejeita-la por sustentarem um conceito dispensacional das Escrituras; o texto que temos diante de nos indica a origem da Lei: “ então, falou Deus... no texto hebraico nós temos:
“Vaydaber Elohim”. E a idéia transmitida é a seguinte: “E verbalizou, proferiu, ditou como regra Deus....” O substantivo “Elohim” – indica que a Lei tem um autor que é o próprio DEUS.
Então, as dez Palavras do Sinai não são frutos da criação legal de Moisés. Isso implica em algo fundamental ao cristianismo que tem sido a noção de que a Lei não é de origem humana, mas divina. Não é da terra, mas é celestial.O texto pressupõe o fato de que a Lei é revelacional, pois ela nasce em Deus. Sendo uma revelação não é algo opcional. O homem não tem o direito de dizer qual mandamento deve guardar ou não. Devemos nos lembrar que para o cristianismo tradicional a revelação infalível é a essência do Teísmo. E o negar a revelação é o mesmo que negar a existência de Deus.

II – O TEXTO NOS INFORMA SOBRE A SUFICIÊNCIA DA REVELAÇÃO

O segundo aspecto que devemos levar em consideração é que este prefácio do Decálogo nos informa a suficiência da revelação de Deus ao homem. O texto nos diz que Deus não falou algumas palavras, mas o texto nos informa que ele falou “todas estas palavras”. No texto temos a expressão “Eth kol haddevarim”.
No texto hebraico a palavra aponta par a idéia de completude, este termo está no construto que indica uma relação de posse; em outras palavras, todas as palavras pertencem a Deus, e são suficientes. O termo ”haddevarim” – regras, palavras – são suficientes para o homem viver no mundo, são suficientes para dar norte ao povo do pacto, eles não precisam ir em busca de novas revelações, de novas regras para viverem a vida, eles não precisam de novas revelações para saber qual é a vontade de Deus para as suas relações com o divino e com o seu semelhante, pois, a Lei sumariza e revela tudo isso de forma clara. O “êth” e é colocado no inicio da sentença para indicar a diretividade, pois, ele serve para indicar o objeto direto da sentença. Os homens precisam apenas encontrarem-se com Deus na Lei para conhecerem a vontade dEle para as suas vidas. A única regra de vida está sendo apresentada ao povo da aliança – O Decálogo. Isto implica no fato de que não devemos aumentar nenhum til ou iod à Lei pois ela é suficiente e pela mesma razão não podemos diminuir nada da Lei. Ela é suficiente para cada um de nós. A Lei não pode ser substituída pela subjetividade profética vazia do conteúdo da Lei de Deus; um profeta que profetizasse algo que se cumprisse, mas que introduzia erros no povo da aliança, não levando em consideração o Decálogo, tal profeta deveria ser morto diante do povo da aliança este é o teste de Deuteronômio 18, a pedra de Toque é Lei de Deus. Mas porque isso? Porque Deus falou tudo o que era suficiente para o seu povo e expressou isso em sua Lei. Diante disso o que podemos aprender nos Dez Mandamento?

III – PODEMOS APRENDER A RESPEITO DA PESSOALIDADE DE DEUS

O teísmo apresenta um Deus pessoal. Assim também o faz o Cristianismo. No prefácio aos dez mandamentos aprendemos sobre a pessoalidade de Deus nas palavras “Eu sou”, no texto hebraico nós temos um pronome independente na primeira pessoa do singular “Anoki”, este pronome é sempre usado para descrever a existência pessoal de alguém , é usado aqui para enfatizar a pessoalidade o soberano da terra. Indica que Deus não é uma força ativa, uma energia elétrica ou coisa do tipo, mas a designação pessoal diz que ele mantém um relacionamento com o seu povo. Devemos nos lembrar que os pronomes independentes “servem como substitutos para uma um substantivo antecedente ou implícito”. Deus está sendo o centro do texto logo ele deve ser visto como pessoa. Deus não é uma grande energia. Aqui o panteísmo é rejeitado e o teísmo bíblico é confirmado. Deus é pessoa no sentido mais pleno da palavra.
Outra verdade que podemos aprender aqui, é o fato de que não é apenas o teísmo que tem sido confirmado aqui, mas o próprio monoteísmo que é o fundamento da verdadeira religião. Se existe um Deus Ele deve ser pessoal, pois, os homens inevitavelmente irão buscar refúgio nEle. Os homens orarão a Ele na mais solene convicção que serão ouvidos em suas preces, e isto, só pode ser possível se Deus for uma pessoa.

IV – PODEMOS APRENDER QUE O NOME DESSE PESSOA REVELA UMA RELAÇÃO PACTUAL COM O SEU POVO

O texto que temos diante de nós informa que o Deus que é pessoal é chamado de SENHOR no texto hebraico temos “yahweh”. Esse nome revela não só o próprio nome de Deus, mas aponta para o nome pactual no qual Deus tem se revelado através da história da redenção. Deus não é isolacionista – ele chama o homem a ter uma relação pactual consigo mesmo. Mas algo precisa ser dito sobre esse nome Yahweh não significa somente uma relação pactual, mas indica também a existência eternidade desse Deus e aponta para a realidade de que Deus sempre existiu. O nome “yahweh” é derivado a raiz no hebraico que pode significar uma existência intemporal conforme Êxodo 3.13-14. O texto claramente indica que Deus é eterno, mas indica que ele é suficiente como Deus que é. A expressão “Eu sou o SENHOR” aponta para o fato de que o SENHOR E O QUE ENTRA EM ALIANÇA COM O POVO.

V – APRENDEMOS QUE ESSA PESSOA É O OBJETO DE CULTO

O nosso texto nos informa que antes de considerarmos a lei precisamos entender que a pessoa que nos ordena estas dez palavras é digna de nosso culto e adoração. O texto diz: “Eu sou o SENHOR teu Deus...”Chamo a atenção para a expressão “Teu Deus” no hebraico temos ”elohika”, o termo é um junção de um substantivo “Elohim” mais um sufixo “ka” que tem a função de indicar a posse, mas pode também apontar para a questão da autoridade. Aqui o termo pode ser entendido como colocando Deus como o objeto de todas as nossas afeições, ou seja, todo o sentimento religioso deve ser movido para ele somente – ele é o teu Deus.
Deus é ensinado nos dez mandamentos como sendo o único digno de louvor e da adoração – aqui se anula os ídolos e toda forma de objeto de culto que não seja Deus somente. Aqui Deus é contemplado como sendo suficiente como objeto de culto e o centro de nossas afeições. O texto nos diz que devemos ter confiança nEle somente, e sermos submissos a Ele somente. Não devemos olhar para outro objeto de culto, e por isso, devemos nos submeter à sua lei.

VI – APRENDEMOS QUE DEUS TEM SE REVELADO COMO DEUS SALVADOR E REDENTOR DO POVO SEU

O prefácio dos dez mandamentos nos mostra que o Deus que declara a Lei é “Redentor”, penso que falar de Deus como sendo um resgatador é apropriado. Note como Moisés coloca-nos isso “teu Deus, que te tirei da terra do Egito da casa da servidão”.
A expressão hebraica “asher hotser’thika” que significa “te tirei” no original tem o sentido de “te fazer sair”, também pode ser entendido como “colocar a mão para tirar”, Deus manifesta a sua redenção ao libertar o povo do estado de escravidão. Aqui somos informados que o autor das dez palavras não é um tirano que impõe a Lei sobre um povo desconhecido, mas mostrar que é um Deus amoroso, libertador de um povo indigno que não merecia a revelação desse Deus que se nos descortina a Escritura. Mas aqui não é somente um resgatador que se nos apresenta aos olhos, mas que Ele se envolve na história dos homens. Ele é o Senhor da história. A história é a manifestação dos atos redentivos de Deus. E o fato histórico narrado neste texto é a libertação do povo hebreu do cativeiro egípcio.
Isto indica que Deus se envolve na criação, age na história para salvar o seu povo.
Os dez mandamentos são um resumo da verdade suprema de que Deus está no controle de tudo; da história do povo da aliança como da vida religiosa e moral deste mesmo povo. Deus governa as nossas vidas, o nosso culto até nosso comportamento na sociedade. Aqui se desprende as seguintes verdades:

a) A soberania de Deus na salvação: Deus como salvador manifesta o seu braço redentor ao tirar o povo da casa da servidão. Aqui o prefácio nos diz que Deus dá a Lei ao povo regenerado, ou seja, foram resgatados para receberem a Lei de Deus como norma de vida. Isto indica que os dez mandamentos são dirigidos especificamente à Igreja.

b) Que Deus é Senhor da História: O deísmo é condenado aqui porque o
prefácio nos diz que Deus age no mundo para libertar o seu povo que estava oprimido.

c) Que Deus é suficiente em si mesmo: O prefácio dos dez mandamentos nos ensina que Deus é suficiente, pois, é o único que pode dar sentido à nossa existência (Atos 17.24,28).

d) Que Deus é o único que pode ser adorado: Deus como se revela a nós pecadores deve ser visto como nosso único objeto de culto. E precisamos desejar adora-lo como prescreveu em sua Lei. Lc.1.74-75.

Conclusão

O prefácio aos dez mandamentos nos aponta para que cada sentença que é mencionada em cada mandamento está centrada em Deus e não no homem. Cada mandamento deve ser obedecido e guardado porque Deus tem o direito de criação e redenção.
De criação porque como Deus único e soberano que é , trouxe esse mundo à existência por isso, cada pessoa individualmente, deveria submeter-se à sua lei eterna; de redenção porque sempre se revelou redentor do seu povo.



João Ricardo Ferreira de França